Vivências em sala de aula na abordagem da chuva ácida: estratégias para superar obstáculos no ensino de Química
DOI:
https://doi.org/10.21703/rexe.v24i55.2869Palabras clave:
Relato, Gaston Bachelard, Obstáculos epistemológicos, Chuva ÁcidaResumen
Este relato apresenta um recorte de uma prática pedagógica desenvolvida com estudantes da primeira série do Ensino Médio, voltada à identificação de dificuldades conceituais, obstáculos epistemológicos, no ensino de Química e implementar estratégias didáticas para sua superação. O trabalho foi organizado em torno dos conceitos de ácidos, bases e óxidos, com base na definição de Svante Arrhenius, e contextualizada pelo fenômeno da Chuva Ácida, assumido como tema integrador. A fundamentação teórica ancorou-se nos pressupostos epistemológicos de Gaston Bachelard e nas contribuições de Astolfi sobre o papel do erro e da mediação docente no processo de aprendizagem. Adotou-se uma abordagem qualitativa, de natureza interventiva, com coleta de dados por meio de questionários diagnósticos e registros textuais. Entre os obstáculos identificados, destacaram-se o animismo, a generalização e o substancialismo. A aplicação de uma situação-problema articulada à experimentação, à sistematização conceitual e à produção discente de textos favoreceu a ressignificação dos saberes espontâneos e a reconstrução dos conceitos científicos. Os resultados evidenciam o potencial formativo de práticas que valorizam o protagonismo do estudante, a problematização crítica e a ruptura com modelos transmissivos. A experiência contribui para o debate sobre metodologias que visam à promoção de uma aprendizagem significativa no ensino de Ciências.
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